Dismorfofobia: a síndrome da feiura imaginária - Sinopsys Editora
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Dismorfofobia: a síndrome da feiura imaginária

Dismorfofobia: a síndrome da feiura imaginária

16 de Outubro de 2024

O transtorno dismórfico corporal (TDC), também chamado de dismorfofobia ou síndrome da feiura imaginária, é marcado pela insatisfação obsessiva com algum detalhe da imagem corporal por um ou mais defeitos ou falhas percebidas na aparência física que não são observáveis ou parecem apenas leves para os outros.


Caracteriza-se, ainda, por comportamentos repetitivos, como olhar-se no espelho insistentemente, higiene excessiva, cutucar a pele e buscar segurança, ou atos mentais, como comparar a própria aparência com a de outras pessoas.


A preocupação excessiva e a extrema insatisfação com algum detalhe da aparência, defeito mínimo ou imaginário afetam tanto a percepção da pessoa sobre a própria imagem a ponto de ocasionar desajustes na vida social e frequentes comorbidades, como transtornos ansiosos, alimentares e depressivos.


Níveis


A distorção da imagem corporal costuma ter início na adolescência, por volta dos 12 ou 13 anos, e varia do nível leve ao mais grave, em que o indivíduo se torna insensível às evidências ambientais.


A vulnerabilidade genética de sintomas obsessivos-compulsivos é um dos fatores que podem desencadear o transtorno dismórfico corporal, que, aliás, apresenta semelhanças com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).


Ambos, por exemplo, se caracterizam por pensamentos desagradáveis indesejados que conduzem a comportamentos compulsivos e repetitivos, tomando tempo e causando ansiedade, sofrimento, vergonha, baixa autoestima, isolamento social e, em casos mais graves, total incapacidade funcional e até ideação suicida. Nos dois transtornos, as percepções reais ou a opinião alheia são ignoradas.


Padrões de beleza


Com o maior uso de telas e câmeras e os padrões de beleza difundidos nas redes sociais, a preocupação excessiva com a aparência vem atingindo níveis alarmantes inclusive na infância e adolescência.


Conforme o ‘Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais’, 5ª edição revisada (DSM-5-TR), o transtorno dismórfico corporal tem sido relatado em todo o mundo, com uma prevalência pontual de 1,7% a 2,9%. Ou seja, a cada 100 pessoas, cerca de 2 a 3 têm TDC.


Os prejuízos na vida social de crianças e adolescentes com o transtorno são mais presentes e devastadores do que se imagina. Eles frequentemente buscam e, às vezes, são até incentivados pela família a receberem tratamentos médicos cirúrgicos com o objetivo de corrigir os seus defeitos mínimos ou imaginários.


A eficácia da terapia cognitivo-comportamental (TCC) como tratamento psicoterápico para o transtorno dismórfico corporal vem sendo cada vez mais comprovada. Em conjunto com a TCC, a terapia focada na compaixão (TFC) é outra boa alternativa de tratamento para auxiliar na recuperação emocional de pacientes por meio da regulação do afeto.


Lançamento


A história em quadrinhos ‘Tô demais no espelho: superação do transtorno dismórfico corporal em crianças e adolescentes’, de autoria da psicóloga Aline Niemeyer e publicada pela Sinopsys Editora, tem como objetivo ajudar na prevenção ou superação do TDC.


A obra acompanha Daniela, uma jovem que passa horas analisando a aparência no espelho e tem sua autoestima e vida social afetadas por causa da exagerada inquietação com padrões de beleza.


Para uso clínico com o público infantojuvenil a partir dos 10 anos, apresenta sintomas, causas e consequências da dismorfofobia, enfatizando as diferenças entre imagem real e distorcida e entre vaidade saudável e demasiada.


Também ressalta a importância da psicoterapia e da rede de apoio para o tratamento de comportamentos obsessivos encontrados no transtorno.


Com anexos que apresentam alternativas fundamentadas na TCC e na TFC, o livro também pode ser utilizado com pacientes que têm transtornos comórbidos, como alimentares, de ansiedade e depressivos.




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Tags

transtorno dismórfico corporal, dismorfofobia, síndrome da feiura imaginária, infância, adolescência, terapia cognitivo-comportamental, terapia focada na compaixão, autoestima, autocompaixão, padrões de beleza, redes sociais, uso de telas

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