Aprenda as melhores práticas da psicoeducação em TCC
14 de Junho de 2019
Hoje queremos conversar sobre a relação entre a TCC e a psicoeducação. Você já deve saber, mas não custa lembrar: enquanto abordagem psicoterapeuta, a Terapia Cognitivo-Comportamental ajuda os pacientes a aprenderem novos padrões de pensamentos e comportamentos. Ao ser usada em um tratamento, ela opera de forma colaborativa e psicoeducativa, pois o terapeuta se dedica a desenvolver estratégias de aprendizagem para ensinar aos pacientes habilidades (Kendall e Bemis, 1983; citado por Carvalho, Malagris e Rangé, 2018) como:
Quanto mais uma pessoa tem informações sobre suas condições de saúde, sejam a física ou a mental, de seu funcionamento - cognitivo, emocional e comportamental - e sobre a forma como seu tratamento pode ser conduzido, mais apta ela estará para participar do processo de mudança. Neste contexto temos a psicoeducação, que se baseia no "ensino de princípios e conhecimentos psicológicos relevantes" (Dobson; Dobson, 2010, p.71) e parte do princípio de Beck (1997) de que com a TCC é possível capacitar o paciente para ele ser o próprio terapeuta. |
As pessoas veem os resultados do tratamento quando entendem seu funcionamento, aprendem a resolver problemas e a desenvolver um repertório de estratégias, as quais podem ser aplicadas por eles mesmos. A orientação terapêutica funciona como uma intervenção e pode interferir no sucesso do tratamento, aumentar a confiança do paciente na abordagem e ampliar a sua motivação. Carvalho, Malagris e Rangé (2018) comentam que, ao adotar a psicoeducação em TCC, o terapeuta deve esclarecer ao paciente o modelo cognitivo e o processo terapêutico como um todo. Retomando Beck (1997), os pesquisadores frisam a necessidade de ensinar as peculiaridades sobre o possível diagnóstico, um o problema ou dificuldade que apresente, assim como orientar o paciente continuar usando o aprendizado adquirido na terapia, mesmo após o término, de forma a reduzir o risco de recaída (Wright et al, 2008). A psicoeducação torna o processo de psicoterapia mais transparente, pois os pacientes têm a oportunidade de se familiarizar com o processo psicoterápico e de criar confiança no terapeuta e no plano de tratamento antes de iniciar as atividades práticas. Dobson e Dobson (2010) afirmam que esse conhecimento pode aumentar a sensação de controle sobre os problemas e dar apoio à mudança cognitiva e ao aprendizado das estratégias que serão usadas para lidar com as dificuldades. Entender as dificuldades e as formas de tratamento também torna mais provável a aceitação e o uso das recomendações dadas pelo terapeuta. Os pacientes podem se sentir validados e esperançosos ao saberem que seus problemas são estudados por profissionais e que podem não ser tão incomuns quando ele imaginava e que são passíveis de melhora. (Wright et al, 2008; Dobson; Dobson, 2010) |
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