Ansiedade na infância: quando aparece e quais os sintomas? - Sinopsys Editora
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Ansiedade na infância: quando aparece e quais os sintomas?

Ansiedade na infância: quando aparece e quais os sintomas?

22 de Maio de 2024

A ansiedade na infância engloba estados de medo, preocupação ou pavor desproporcionais à situação real geralmente acompanhados de sintomas físicos, como falta de ar, dor no peito e palpitações. Pode prejudicar as habilidades funcionais e causar grande sofrimento à criança, impactando inclusive a aprendizagem e as relações sociais.


Para evitar que o problema se agrave e se estenda à fase adulta, é importante que pais ou outros responsáveis estejam cientes de que são importantes o diagnóstico e o tratamento adequados imediatos.


Atrás do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), a ansiedade é uma das patologias psicológicas mais comuns na infância, atingindo cerca de 10% dessa população. Os tipos mais frequentes são de separação, generalizada, fobias específicas, fobia social, agorafobia e transtorno do pânico.


Medos normais


Determinado grau de ansiedade na infância é normal do desenvolvimento. A maioria das crianças pequenas revela, por exemplo, algum medo ao se separar dos cuidadores, especialmente em ambientes não familiares.


Já entre 3 e 4 anos de idade, é comum o medo do escuro, de monstros, insetos e aranhas. Por sua vez, a criança tímida reage a novas situações com medo ou se afastando.


E nas crianças maiores, os temores mais comuns são de agressão ou de morte e elas podem ficar ansiosas quando precisam apresentar alguma tarefa diante dos colegas.


Tais dificuldades não devem ser encaradas como evidências de ansiedade na infância. Entretanto, se essas manifestações se tornarem exageradas a ponto de prejudicar significativamente a função ou causar aflição grave ou evitação, o transtorno deve ser considerado.


Sinais


Diante dessas situações, os adultos devem ficar atentos aos sinais que a criança pode apresentar, como mudanças relevantes de humor e comportamento, choro sem explicação, acordar no meio da noite assustada, reações inesperadas a situações simples e do cotidiano, mudanças nos hábitos alimentares, apego exagerado com um dos pais e medos sem sentido aparente.


A esquiva escolar também é um dos sinais mais comuns, pois o medo real da escola é raro e normalmente está relacionado à intimidação (bullying). A maioria das crianças que se recusa a ir ao colégio provavelmente tem ansiedade por separação, fobia social, transtorno de pânico, fobia específica ou a combinação de mais de um transtorno.


Algumas verbalizam os motivos, como, por exemplo, se queixam de medo de nunca mais verem os pais (ansiedade de separação) ou de que os colegas caçoem delas (fobia social). Grande parte, no entanto, frequentemente somatiza os transtornos, geralmente com dor abdominal, náusea e cefaleia.


Diagnóstico e tratamento


O diagnóstico do transtorno de ansiedade na infância é clínico e deve ser feito por um profissional. A confirmação pode vir da história psicossocial. Entretanto, como os sintomas físicos podem confundir a avaliação, os pacientes são submetidos a exames físicos antes de o distúrbio ser considerado.


O prognóstico depende da gravidade, da disponibilidade de tratamento adequado e da receptividade da criança. Na maioria dos casos, os pacientes levam os sintomas da ansiedade para a vida adulta. No entanto, com o tratamento precoce, muitos aprendem a controlá-la.


Para o tratamento, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se mostrado efetiva, mostrando que é possível entender, aceitar e manejar a ansiedade na infância de forma saudável. Em alguns casos mais graves, o acompanhamento conjunto do psiquiatra e a utilização de medicamentos são necessários.


Livro


Direcionado a psicólogos que trabalham com crianças a partir de 7 anos, pais e outros cuidadores, o livro ‘Maria na terapia: descobrindo sinais da ansiedade’, de autoria da psicóloga Camilla Volpato Broering e publicado pela Sinopsys Editora, ajuda na psicoeducação sobre a ansiedade na infância.


A história de Maria, uma menina muito ansiosa, traz comparações com o cotidiano da garotada e sugestões de tarefas terapêuticas que estimulam os pacientes a falarem e refletirem sobre o assunto, além de mostrar formas de atuação de uma psicóloga com essa demanda.


Maria na terapia: descobrindo sinais da ansiedade



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Tags

ansiedade na infância, transtornos de ansiedade, fobias específicas, medos, desenvolvimento infantil, TCC, terapia cognitivo-comportamental, ansiedade de separação

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