Terapia de casais: como conduzir a primeira entrevista? - Sinopsys Editora
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Terapia de casais: como conduzir a primeira entrevista?

Terapia de casais: como conduzir a primeira entrevista?

30 de Outubro de 2024

Uma das questões centrais que os terapeutas de casais podem enfrentar é como conduzir a entrevista inicial. Ela deve ser feita separadamente ou com o casal junto? Há prós e contras em cada uma dessas estratégias que precisam ser considerados.


Conduzir parte da entrevista inicial separadamente pode ser mais confortável e seguro para os clientes quando o conflito é intenso. Também pode haver maior honestidade devido ao receio reduzido de repercussões. Além do mais, expressar preocupações ao terapeuta na presença do parceiro pode ser assustador, especialmente se houve abuso.


Outra vantagem é uma maior facilidade para o terapeuta gerenciar e obter informações, assim como avaliar mais profundamente a percepção individual sobre o problema, bem como as visões dos pacientes sobre si mesmos, seus parceiros e o relacionamento.


A condução inicial individual também permite a exploração de questões pessoais que os clientes podem hesitar em compartilhar em sessões conjuntas, como histórico de abuso ou detalhes de relacionamentos passados.


Possibilita, ainda, a avaliação de psicopatologias pessoais, como depressão, abuso de substâncias e transtornos da personalidade, que têm ramificações no relacionamento.


Segundo cenário


Por outro lado, as avaliações individuais têm desvantagens, como serem demoradas e poderem atrasar a fase de intervenção. Além disso, podem incentivar a “partilha de segredos” e fazerem um ou ambos os parceiros sentirem que o terapeuta tomou partido.


Se o casal não é visto junto, perde-se a oportunidade de observar seu estilo interativo enquanto as informações iniciais são coletadas. Isso leva ao segundo cenário: o de condução de uma avaliação conjunta.


Uma das vantagens-chaves de usar essa estratégia é o fato de que os padrões de comunicação do casal podem ser claramente observados à medida que ambos discutem seus problemas.


Além disso, sinais de afeto, apoio e compreensão nas primeiras sessões podem ser notados e o terapeuta obtém uma impressão inicial de padrões característicos de interação no casal (por exemplo, um fala mais, o outro é mais crítico).


Essa forma de avaliação também oferece a oportunidade de observar como as memórias ou percepções dos mesmos eventos diferem entre os indivíduos e, mais importante, como eles respondem a quaisquer discrepâncias. E, ainda, ambos podem sentir-se ouvidos e construir uma relação compartilhada com o terapeuta.


Versão combinada


Devido às vantagens de ambas as abordagens, é preferida uma versão combinada que envolve o casal sendo visto junto na primeira sessão de avaliação e, em seguida, separadamente para duas sessões subsequentes de avaliação individual (uma sessão com cada parceiro) e, posteriormente, juntos em todas as sessões subsequentes, a menos que haja uma razão justificável para separá-los devido a problemas emergentes, volatilidade ou outras questões nas sessões de casal.


O objetivo, nessa fase, é chegar a uma conceitualização dos problemas e em como cada indivíduo percebe as questões no relacionamento. Obviamente, há ênfase na apresentação dos problemas, mas, em uma avaliação de terapia cognitivo-comportamental (TCC), também há foco em situações, emoções, comportamentos e pensamentos negativos, bem como em crenças sobre si mesmo, o parceiro e o relacionamento.


Guia prático


O tema é aprofundado no ‘Guia de ferramentas da TCC para casais: mais de 45 exercícios para melhorar a comunicação, resolver problemas e construir relacionamentos fortes’, de autoria dos psicólogos norte-americanos John Ludgate e Tereza Grubr e publicado pela Sinopsys Editora.


Baseado em estratégias da TCC juntamente com as melhores intervenções de terapia comportamental dialética (DBT), mindfulness e psicologia positiva, trata-se de um poderoso recurso para orientar casais por meio de desafios, obstáculos e oportunidades.


Conta com mais de 45 exercícios, avaliações e tratamentos exclusivos, planos e trabalhos de casa para diagnosticar, resolver problemas específicos e manter a terapia avançando.


Além de oferecer uma abordagem ampla e detalhada para tratar os desafios nos relacionamentos, este guia se destaca pela aplicabilidade prática imediata. Cada exercício foi criado para otimizar o tempo em sessão e garantir que as mudanças alcançadas pelos casais sejam duradouras e significativas.




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Tags

Terapia de casais, terapeuta de casais, TCC, terapia cognitivo-comportamental, psicologia positiva, DBT, entrevista inicial, relacionamento interpessoal

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