Supervisor em Psicologia: principais critérios para se tornar um
18 de Junho de 2021
O supervisor em Psicologia precisa ser devidamente capacitado para assumir esta grande responsabilidade. Afinal, a supervisão técnica é altamente recomendada, pois é considerada uma ferramenta fundamental para o aperfeiçoamento do psicólogo supervisionado e, consequentemente, para o tratamento efetivo de seus pacientes.
A função do supervisor em Psicologia é treinar o supervisionado para que este adquira competência profissional. Entende-se por competência profissional a qualificação como um conjunto de saberes necessários para o exercício de uma profissão, para que seja possível o cumprimento de uma tarefa específica num determinado contexto de forma adequada.
Sendo assim, durante a supervisão técnica, o supervisionado é levado a refletir sobre suas habilidades, limitações e evolução do seu processo de crescimento pessoal e profissional.
Portanto um dos requisitos primordiais para exercer a função de supervisor em Psicologia é que o profissional seja mais experiente na área da Psicologia em que atua. Geralmente, são professores ou profissionais que já atuam há muito tempo nesse campo.
CONDUÇÃO
Uma longa experiência profissional é importante para a condução do processo de supervisão técnica, pois a experiência prática supõe um maior conhecimento dos problemas enfrentados pelos supervisionados e das intervenções mais efetivas que podem ser utilizadas.
Também é exigido para exercer a função de supervisor em Psicologia um tempo mínimo de exercício profissional e ser autorizado ou credenciado pelo Conselho Federal de Psicologia e inscrito no Conselho Regional de Psicologia, o que caracteriza a formalização de vinculação do profissional com a prática.
O profissional da área de saúde mental que já tem um certo tempo de mercado e se sente seguro para resolver qualquer tipo de desafio pode começar a prestar o serviço de supervisão técnica em Psicologia, seja individual ou em grupo.
No entanto, antes de começar a supervisionar, é preciso que o supervisor em Psicologia reflita muito sobre a sua experiência e capacidade de resolver os mais diferentes casos. Um dos questionamentos que devem ser feitos é se, na sua vivência profissional, já enfrentou desafios de verdade ou seus casos foram simples e gerenciáveis.
Quem procura supervisão normalmente está com um verdadeiro desafio em mãos. Portanto, para supervisionar sem prejudicar outros profissionais e seus pacientes, a pessoa realmente precisa estar apta a lidar com adversidades dentro da psicoterapia. No mais, importa ter um vasto conhecimento de métodos e ferramentas que podem ser aplicáveis nesses casos complexos.
Um supervisor em Psicologia também acaba assumindo parte da responsabilidade pelos pacientes que são apresentados como casos pelos terapeutas supervisionados. Por isso, é preciso que ele analise toda sua trajetória profissional, sua formação, seus próprios casos clínicos, assim como sua experiência acadêmica, e reflita se de fato tem a bagagem necessária.
HABILIDADES
Alguns especialistas sugerem duas grandes classes de habilidades em psicoterapia fundamentais para quem pretende fazer supervisão técnica: as básicas, comuns a todos os tipos de intervenção clínica, e as específicas, diretamente ligadas ao estilo e às características da orientação teórica de psicoterapia.
Capacidades como lidar com limites, desenvolver aliança terapêutica, ouvir, lidar com emoções, lidar com resistências dos clientes, ser empático e utilizar técnicas adequadas são consideradas básicas para o supervisor em Psicologia. Já técnicas de intervenção, estruturação e análise são consideradas habilidades específicas.
Essas habilidades também podem ser denominadas e consideradas competências nucleares e facilitadoras para o desempenho profissional do psicólogo. Acredita-se que o uso dessas habilidades no processo de supervisão seja uma estratégia positiva para treinar terapeutas.