Raiva na infância: como evitar que essa emoção atrapalhe?
13 de Novembro de 2024
Todas as famílias presenciam os filhos pequenos explodirem de raiva em gritos, crises de choro, socos e pontapés ao serem contrariados. Esses comportamentos acontecem de uma hora para outra, em uma rápida e forte mudança de humor.
Embora a raiva seja comum em determinadas fases da infância, crises frequentes podem causar problemas e gerar impacto na vida familiar e social da criança.
A raiva é uma emoção normal, e episódios de choro, chutes, pancadas e empurrões fazem parte do desenvolvimento infantil. Contudo, a maioria das crianças supera esse comportamento à medida que começa a conviver socialmente na escola.
Os fatores que provocam crises de raiva infantil são múltiplos. Um gatilho comum é a frustração que a criança sente quando não consegue o que quer ou quando é solicitada a fazer algo de que não gostaria.
Regulação
Tal comportamento exagerado precisa ser administrado até o pequeno compreender sua posição em relação ao mundo e como o autocontrole é necessário para que ele não enfrente maiores problemas inclusive na adolescência e na vida adulta.
Além do mais, é necessário que pais ou outros responsáveis permaneçam sempre atentos caso os comportamentos agressivos sejam frequentes à medida que as crianças vão crescendo, especialmente após os 4 anos de idade.
De acordo com a Escola de Medicina de Yale (Estados Unidos), episódios de raiva infantil podem acompanhar outras condições de saúde mental, incluindo transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), transtorno do espectro autista (TEA), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e síndrome de Tourette.
Comportamentos disruptivos
Os comportamentos disruptivos são aquelas ações que alteram o funcionamento de um espaço por meio do descumprimento das normas e regras aceitas pela sociedade. Podem ocorrer em qualquer momento da vida, mas costumam ser mais frequentes na infância. Mesmo em crianças, essas manifestações são consideradas antissociais ao não serem aceitas pelos integrantes de um grupo social e/ou uma comunidade.
Embora nem todos os comportamentos disruptivos devam ser considerados transtornos, o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, 5ª edição revisada (DSM-5-TR), os inclui dentro do grupo dos transtornos disruptivos, de controle dos impulsos e da conduta.
Na atualidade, é notório o aumento da frequência e da intensidade de comportamentos disruptivos na infância. Nesse contexto, o livro ‘O coelho Gumercindo aprende a lidar com a raiva’, de autoria da psicóloga Katyússia Ludwig, foi elaborado para ajudar crianças que têm dificuldade de lidar com a frustração e controlar a raiva.
Direcionado para uso nos contextos clínico, familiar e escolar com a faixa etária de 4 a 10 anos, a publicação da Sinopsys Editora traz estratégias lúdicas de automonitoramento e autorregulação de emoções desagradáveis. Auxilia inclusive nos casos em que há TDAH, TEA e transtorno de oposição desafiante (TOD).