Crenças prejudiciais na infância e como trabalhá-las - Sinopsys Editora
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Crenças prejudiciais na infância e como trabalhá-las

Crenças prejudiciais na infância e como trabalhá-las

02 de Outubro de 2024

Na psicologia, as crenças são aquelas convicções construídas pelo ser humano sobre a realidade e que funcionam como atalhos mentais para quase todas as situações.


O sistema de crenças afeta praticamente tudo o que o indivíduo pensa, sente e faz. O problema é que algumas delas podem ser prejudiciais ao levarem a conclusões incorretas, pois, mesmo não tendo comprovação, são tidas como verdades absolutas.


Por isso, a psicoterapia concentra a atenção naquilo que a pessoa acredita para entender boa parte do seu sofrimento e de seus comportamentos limitantes.


A terapia cognitivo-comportamental (TCC) considera que a forma como o sujeito interpreta os acontecimentos resulta em sintomas emocionais, fisiológicos e comportamentais, enfatizando seu papel na gênese e na manutenção dos transtornos mentais.


Baseia-se, também, no preceito de que as cognições podem ser monitoradas e alteradas e que as mudanças comportamentais e o equilíbrio emocional desejados são obtidos a partir de reestruturações cognitivas.


Níveis


De acordo com a TCC, há três níveis básicos de processamento cognitivo: pensamentos automáticos, crenças intermediárias e crenças nucleares ou centrais.


Os pensamentos automáticos são privados, breves e fugazes. Podem ocorrer na forma verbal, de imagens, pequenos filmes ou flashes. Fazem parte de um padrão habitual de pensamentos, por isso, as pessoas têm dificuldade de percebê-los.


Já as crenças intermediárias refletem ideias ou uma percepção mais profunda do que os pensamentos automáticos. Ocorrem sob forma de suposições, regras ou pressupostos, atuando como suporte para as crenças nucleares.


Por sua vez, as crenças nucleares são o nível mais profundo da estrutura cognitiva e compostas de ideias inflexíveis, absolutistas, globais e generalizadas. Representam os mecanismos desenvolvidos pelos indivíduos para lidarem com as situações cotidianas, como percebem a si mesmos, os outros, o mundo e o futuro (tríade cognitiva).


Formadas desde o nascimento e alimentadas com o passar dos anos, as crenças nucleares, como desamor, desvalor e desamparo, são influenciadas por fatores genéticos, temperamentais e ambientais. Nesse contexto, identificá-las é fundamental para trabalhá-las adequadamente na terapia.


Lançamento


Para uso clínico e familiar com crianças a partir de 6 anos, o livro ‘Agradar e não reclamar, até quando posso aguentar?’ trabalha a flexibilização de crenças rígidas desenvolvidas na infância sobre agradar aos outros e sobre culpa.


De autoria das psicólogas Camilla Volpato Broering e Marina Heinen, conta a história de Fabrício, um menino que achava que, para ser aceito e querido pelos outros, não podia dar sua opinião. Com a ajuda de um duende, ele aprende a avaliar seus pensamentos, suas emoções e regras e descobre que não precisa sentir culpa por ter e expressar ideias diferentes.


Publicada pela Sinopsys Editora, a obra é uma ferramenta para psicoeducar sobre as crenças que as crianças podem construir sobre si e os outros. Apresenta atividades dinâmicas que ajudam a flexibilizar essas ideias para não se tornarem rígidas nem gerarem emoções desconfortáveis.




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Crenças prejudiciais na infância e como trabalhá-las, crenças, TCC, terapia cognitivo-comportamental, pensamentos, emoções, comportamentos, infância, desenvolvimento infantil, culpa, saúde mental

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