Ansiedade Saudável x Ansiedade Patológica: Como diferenciar
20 de Abril de 2021
Quem nunca suou frio ou perdeu a fome antes de uma prova ou devido a uma entrevista de emprego? Esse estado de alerta que tem uma causa evidente, um período curto de duração e não afeta com intensidade a esfera corporal é identificado como ansiedade saudável, ou seja, normal. Uma defesa natural do organismo a possíveis ameaças, ela está atrelada ao instinto de sobrevivência de todos os seres humanos e foi essencial para a sobrevivência da espécie.
No entanto, quando se apresenta em excesso, de forma desproporcional ao problema apresentado ou sem motivação específica, ela deixa de ser considerada natural e passa a ser identificada como ansiedade patológica. Dentre os sintomas físicos que desencadeia, os mais comuns são tontura, tremores, sudorese, gagueira, insônia, tensão muscular e vermelhidão na face.
Sensações de aperto no peito, palpitações, falta de ar são outros dos indícios típicos de quem sofre de ansiedade patológica que podem se manifestar nas chamadas crises de ansiedade. Além de afligir funções biológicas, a ansiedade patológica costuma despertar medos, sendo os mais vistos o medo de estar ficando louco, o medo das ideias de suicídio e o medo de doenças.
OUTRAS PATOLOGIAS COMO CONSEQUÊNCIAS
Embora possa aparecer em diversos momentos da vida, a ansiedade saudável (e natural) é passageira e não atrapalha aspectos do cotidiano. Já a ansiedade patológica pode prejudicar ações do dia a dia. Ainda, a longo prazo, é possível que o indivíduo que sofre com tal quadro clínico acabe desenvolvendo outras patologias, como as fobias, que integram o grupo dos transtornos ansiosos.
No caso das fobias desencadeadas pela ansiedade patológica, a pessoa consegue identificar o motivo do medo. Desse modo, a exposição a um animal específico em grande quantidade, como aranhas, por exemplo, pode ocasionar uma crise de pânico. Já o transtorno de ansiedade social, chamado de Fobia Social, causa altos níveis de medo em situações do cotidiano.
A ansiedade patológica também pode acabar gerando compulsões e até mesmo o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Nesses casos, atividades cotidianas são repetidas exaustivamente e a pessoa acometida é tomada por pensamentos obsessivos e medos irracionais. Aparecendo de forma gradual, os sintomas prejudicam muito a qualidade de vida do indivíduo.
CONTROLANDO A ANSIEDADE
É importante ressaltar que as causas da ansiedade patológica ainda não são totalmente identificadas, sendo conhecidos alguns fatores de riscos relacionados a questões genéticas, como casos diagnosticados em familiares, pessoas com dificuldade natural de gerenciar momentos de estresse e questões externas como a ocorrência de algum evento traumático.
Quando a ansiedade deixa de ser natural e passa a acompanhar os sintomas físicos e psicológicos apresentados, o indivíduo deve marcar uma consulta com um profissional da saúde mental. Fazendo uma avaliação, caso identifique ansiedade patológica, o especialista irá indicar formas de tratamento, que costumam se dividir em acompanhamento terapêutico, uso de medicamentos ou a combinação dos dois.
De forma proativa, alguns hábitos podem ajudar a controlar a ansiedade, como a prática de exercícios físicos de forma regular, uma alimentação equilibrada e meditação.