Psicologia: por que é importante escolher uma abordagem?

Chega um momento na vida dos estudantes de psicologia em que são confrontados com a seguinte pergunta: qual a abordagem terapêutica escolher?

Diante da diversidade de abordagens e suas diferenças conceituais, é comum o surgimento de conflitos e dúvidas.

Mas é preciso optar, pois a abordagem é o que guia o profissional de psicologia na maneira de olhar para o paciente e na forma de atuar com a problemática apresentada. Ter uma base teórica sólida é essencial para um trabalho coeso e objetivo.

Portanto, para reduzir as chances de uma escolha equivocada, é fundamental que os estudantes da área tenham um alto grau de autoconhecimento. E também saibam discriminar quais as variáveis que estão relacionadas à sua escolha por essa ou aquela abordagem e se tais variáveis, de fato, dão sentido à sua prática clínica.

CAPACITAÇÃO

Por esses e outros motivos, a graduação em psicologia pode ser considerada um ponto de partida e a capacitação deve ser algo constante na vida dos psicólogos após a formatura.

Ao conhecer profundamente seus gostos, interesses e sua visão de mundo, fica mais fácil encontrar a abordagem que melhor se enquadra dentro daquilo em que se acredita verdadeiramente e que vai embasar uma carreira próspera e duradoura.

Também é preciso conhecer detalhadamente as abordagens da psicologia existentes. Tentar compreender até mesmo aquelas com as quais não se identifica é um exercício, não somente para escolher uma linha de trabalho, mas também de autoconhecimento.

BASES

Desde a criação da psicologia como ciência, diferentes abordagens teóricas vêm sendo construídas por estudiosos e pesquisadores ao longo do tempo com base em técnicas e experimentos específicos.

Isso não significa que uma abordagem na psicologia é melhor que a outra, mas, sim, que são diferentes.

Em sua formação profissional, portanto, os futuros psicólogos aprendem, embora de forma resumida, sobre essas diferentes escolas de entendimento e conhecimento, entre elas, psicanálise, psicologia analítica, Gestalt e terapia cognitivo-comportamental.

E geralmente, os estudantes de psicologia acabam optando pela abordagem terapêutica com a qual mais se identificam. E assim buscam maior sustentação teórica na sua forma de trabalhar no atendimento aos pacientes.

ORIENTAÇÃO

A importância da escolha de uma abordagem na psicologia reside no fato de que o profissional da saúde mental precisa seguir firme com um entendimento que vai servir de orientação para seu trabalho, seja no consultório, no hospital ou em outro local.

Para que, feita a escolha, estude e se aperfeiçoe sempre mais em tal linha de pensamento, não fique confuso, não se contradiga na prática clínica e, consequentemente, não interfira de forma negativa no tratamento dos seus pacientes.

No entanto, isso não impede o profissional de trocar de abordagem no decorrer de sua carreira. Seja para buscar outra com a qual se identifique mais naquele momento, seja para oferecer um tratamento que possa surtir efeitos mais positivos no caso de a abordagem anterior não ser eficaz para determinado indivíduo.

A troca de abordagem na psicologia pode ocorrer e não é incomum, podendo ser motivada pela insatisfação com o trabalho em uma linha de raciocínio ou pelo entendimento de que outro tipo de intervenção terapêutica será mais eficaz com determinado paciente.