O que são as emoções e quais seus tipos?
25 de Agosto de 2022
A definição das emoções envolve três aspectos. Um deles são as alterações fisiológicas desencadeadas no corpo, como liberação de dopamina, adrenalina, ocitocina, serotonina, noradrenalina, gama-aminobutírico, glutamato, endorfinas, acetilcolina, entre outras.
Outro aspecto envolve os sinais oferecidos pelas expressões faciais e corporais sobre quais emoções estão presentes. Já o terceiro engloba as interpretações/impressões subjetivas sobre como as pessoas filtram as pistas que emitem e que os outros transmitem.
UNIVERSAIS
Algumas emoções são expressas e reconhecidas de forma semelhante por pessoas de diferentes culturas e até mesmo por outros primatas, como gorilas e chimpanzés.
O nível de concordância na expressão/reconhecimento dessas emoções fez os estudiosos definirem cinco emoções universais, também chamadas de emoções primárias, puras, fundamentais ou básicas: alegria, medo, tristeza, raiva e nojo.
Embora sejam nomeadas como universais, há variações individuais em sua manifestação, intensidade e momentos em que ocorrem e como impactam a história de vida de cada um.
Há, ainda, um entendimento frequente de que algumas dessas emoções são positivas (por exemplo, alegria), enquanto outras são negativas (por exemplo, raiva, medo, tristeza e nojo).
Mas a verdade é que todas são indispensáveis para a sobrevivência e a evolução da espécie humana, por ajudar a antecipar riscos, emitir os sinais necessários para pedir ajuda e demonstrar contentamento.
SOCIAIS
Além das emoções universais, existem as emoções sociais, também chamadas de emoções mistas, secundárias ou aprendidas.
Elas derivam da mistura/alternância em rápida sequência de duas ou mais emoções universais e são desenvolvidas por meio de aprendizado social, das experiências de vida e das interpretações cognitivas.
Entre as emoções sociais, estão amor, ansiedade, ciúme, confusão, culpa, desconfiança, desprezo (ironia/deboche), orgulho próprio, preocupação, surpresa, tédio e vergonha.
Há menos estudos sobre as emoções sociais, mas sabe-se que suas expressões são mais variadas, o que dificulta seu reconhecimento entre diferentes culturas e aumenta a chance de que sejam confundidas e interpretadas de formas distintas por diferentes pessoas.
ADULTOS E IDOSOS
A regulação emocional, o reconhecimento de sinais expressivos de emoção em outras pessoas e a forma como os indivíduos se sentem e mostram suas próprias emoções são temas frequentes em psicoterapia, dada a sua importância para a comunicação e as relações sociais.
Instrumento inédito publicado no Brasil pela Sinopsys Editora, o "Baralho das emoções - Representação e psicoeducação para adultos e idosos", de autoria da psicóloga Sabrina Martins Barroso, visa a auxiliar no trabalho com as emoções, facilitando sua identificação, a psicoeducação e o treino de emissão e de regulação com adultos e idosos.
Nesta importante ferramenta para a prática clínica, as cartas ilustram homens e mulheres, com versões de pessoas adultas e idosas, representando emoções universais e sociais.
Por sua vez, os cartões de psicoeducação explicam sobre tais emoções, sua função social, pistas expressivas que podem ser usadas para identificá-las e pensamentos ou falas frequentemente manifestados em psicoterapia quando elas são relatadas.
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
E a versão do baralho direcionada a crianças e adolescentes foi criada para auxiliar a desenvolver os aspectos emocionais dessas faixas etárias, especialmente na presença de condições clínicas como transtornos do desenvolvimento ou alexitimia, que podem tornar ainda mais difícil identificar e expressar emoções.
É composta por cartas que ilustram em diferentes intensidades as emoções universais e sociais de meninos e meninas. Também inclui cartões para psicoeducação, com explicações sobre as emoções, suas funções sociais e os contextos frequentes em que ocorrem.
Os públicos-alvo dos dois materiais são psicólogos, psiquiatras, psicopedagogos, educadores e demais profissionais que trabalham com aspectos emocionais de adultos e idosos e/ou crianças e adolescentes.
Ambas versões têm descritas sugestões para uso individual e coletivo e apresentação de casos clínicos. Ainda são disponibilizados formulários digitais que podem ser usados durante as sessões ou como tarefas terapêuticas.