Inveja na infância: quais as causas e como trabalhá-la? - Sinopsys Editora
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Inveja na infância: quais as causas e como trabalhá-la?

Inveja na infância: quais as causas e como trabalhá-la?

29 de Janeiro de 2025

A inveja na infância é uma emoção complexa que aparece quando as crianças se comparam com os outros e sentem insatisfação, desagrado ou ressentimento ao notar que eles têm algo que desejam, seja uma característica, uma conquista, seja um brinquedo, um outro bem material, seja uma vantagem ou até a atenção de alguém.


Em doses adequadas, a inveja pode servir como incentivo para a realização de sonhos e objetivos. Em excesso, pode ser um gatilho para a comparação tóxica ou, ainda, para motivar ações que prejudiquem os demais.


Trata-se de uma emoção universal. Por mais que alguém tente, em algum momento da vida, sentirá inveja, pois é uma reação própria da interação social. Muitas vezes, inclusive, não tem nada a ver com a falta de alguma coisa.


Pelo contrário, as pessoas invejosas são frequentemente aquelas que estão em uma posição favorável em relação a outras. Ainda assim, as incomoda a felicidade, os bens materiais e inclusive as oportunidades que os outros possuem.


Não são poucos os casos de crianças que ganharam praticamente tudo o que desejaram mas, quando observam que um amigo ganhou algo de que gostam, imediatamente o invejam e passam a desejar aquilo.


Carência

Um dos possíveis motivos é que não estão acostumadas a essa situação de “desvantagem”. Ou seja, sempre foram elas que tiveram o que os outros queriam. Quando a situação se inverte, elas não se sentem confortáveis.


Por trás da inveja na infância, também existe carência de confiança, de afeto ou de autoestima que precisa ser atendida. Em outras palavras, a criança quer se equiparar ou superar constantemente os demais porque acredita que, se não o fizer, será menos ouvida, querida ou valorizada.


Motor

A inveja na infância pode ser um motor importante para a vida das crianças. Para isso, sempre deve constituir um impulso para a superação própria e nunca significar um desejo de que o outro se dê mal.


Nesse sentido, cabe aos pais ou outros responsáveis darem o exemplo, evitando fazer comentários maldosos – principalmente na presença das crianças – e fomentando uma visão bondosa e compreensiva em relação ao progresso das outras pessoas.


Para canalizar a inveja na infância de forma positiva, os adultos também podem estimular na criança um senso de competição saudável. Por exemplo, se um amigo tirar notas melhores, ela pode se esforçar mais para melhorar as suas. Se outro joga tênis melhor, ela pode treinar e evoluir junto.


Poucas coisas são mais importantes na infância do que se sentir considerado. O grau de atenção, compreensão e respeito que uma criança recebe não deve se basear nas suas notas, no rendimento esportivo ou em qualquer outro tipo de medição.


Portanto, é tarefa dos adultos fazerem com que ela se sinta protagonista da sua vida, sem importar as circunstâncias. Assim, a inveja não vai se apoderar dela quando seu irmão ou um amigo possuir algo que não tem. O afeto dos b>pais/responsáveis será suficiente.


Livro

De forma lúdica e sensível, o tema é tratado no livro ‘Inveja e autoestima: quando a florzinha Lila esqueceu de si’, de autoria da psicóloga Marina Fim e publicado pela Sinopsys Editora.


Na história, a personagem principal admira e deseja ser como as outras flores do jardim até que, com a ajuda de uma abelhinha, descobre suas próprias qualidades, elevando sua autoestima. Para uso clínico e familiar com crianças a partir de 4 anos, possibilita a compreensão e o manejo da inveja na infância.


Sobre a autora

Marina Fim é psicóloga graduada pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Formação em terapia do esquema pelo Instituto de Educação e Reabilitação Emocional (Insere). Pós-graduanda em neurociências, educação e desenvolvimento infantil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Atua em clínica no atendimento a crianças e adolescentes e como orientadora parental.




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Tags

Inveja, comparação, ressentimento, emoções, regulação emocional, autoestima, autoaceitação, amor-próprio, qualidades, desenvolvimento infantil, infância

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